Esta história dos dias internacionais convence-me pouco, é um facto, mas até dizer isto já é um lugar comum. Há sempre uma mania de não gostar do dia dos namorados, do dia da mãe e do pai, e dos museus, e dos bichos, e das minorias e tudo o resto.
A não ser que algum desses dias exerça em mim alguma influência traumática [o que acontece com alguns!] até sou bem a favor. Pelo menos um dia lembram-se, ouve-se falar de...não vejo que mal é que possa trazer ao mundo.
Hoje é dia das mulheres e há quem diga que ainda bem que existe, outros que vêem nisto a verdadeira discriminação e chauvinismo [dia das mulheres é todos os dias], e há quem marque jogos de futebol para este dia [isto para mim é que é inconcebível e revela o verdadeiro desprezo!!!:)].
Fico é sempre com a sensação que neste dia se procura premiar as mulheres de carreira, as que lutaram pelos direitos civis, as mulheres que procuram a igualdade com os homens a todo o custo, uma mulher que se foi impondo na sociedade e que conseguiu quebrar com os preconceitos muitas vezes assentes numa ideia de submissão e de fragilidade perante o universo masculino. Tudo muito certo e bonito, mas não é a estas mulheres que me quero dirigir hoje.
Penso, por exemplo, nas mulheres que vivem de acordo com as suas crenças culturais, religiosas, e muitas vezes incompreendidas por quem acha que são imposições e que são infelizes no modo de vida que praticam.
Nas mulheres que optam por ser mães, por ser donas de casa, por acompanhar os maridos nas suas decisões profissionais, e que são tão ou mais inteligentes, são criativas, dedicadas e verdadeiras guerreiras, até porque também são mulheres que têm empregos [hoje em dia é quase impensável isso não acontecer].
Claro que o dia é de todas, mas hoje quis-te homenagear a ti ao escrever este texto, e porque muitas vezes as pessoas não compreendem como conseguiste deixar a tua casa para a ir construir noutro sítio.
Porque há mulheres que não se importam de ser sombra, quando, no fundo isso só quer dizer que há sol!
E hoje é dia de nos sentirmos orgulhosas, mas [sobretudo] femininas.
ps. esqueçam as dietas, hoje é häagen-dazs para todas!