quinta-feira, setembro 15

Hallelujah (redenção)

"Die fetten Jahre sind vorbei” DIE ERZIEHUNGSBERECHTIGTEN
(Os vossos dias de abundância terminaram)

OS EDUKADORES

Confesso que ainda não sei bem se gostei do filme ou não!
Mas nem o facto de ser um filme grande (em tempo) e que bem que podia ter menos contemplações da Heidi, me impede de pensar um bocadinho sobre o que se passa para lá.
Até porque os personagens são da minha geração levando-me à inevitável comparação.
É um facto que a juventude de hoje já não acredita em nada, não tem 'causas', ou arranja umas causas muito manhosas (propinas e afins) em que ninguém os leva a sério!
O filme é sobre os dilemas da juventude actual, a busca incessante de alguma coisa em que se possa acreditar, o que eu acho aflitivo!
Sinceramente, vive-se uma época de desalento, ninguém acredita que 'isto' possa melhorar, ouço cada vez mais pessoas a dizer que andam a pensar sair do país porque aqui já não se passa nada...
É uma sensação de falta de ar, de vivermos o dia a dia com o espírito do "ufa, menos um!" quando devia ser ao contrário...Vêem, eu também penso nestas coisas...
Não queria estar muito a contar sobre o filme, pois, apesar de a mim não me ter convencido inteiramente (sempre tive um 'fraquinho' por insurgências anti capitalistas de telémovel no bolso), acho que tem o seu interesse na parte em que confronta gerações de revolucionários (os do Maio de 68 que agora são 'corporate men' com iates), o que deixar transparecer as fragilidades dos ideais!
Não é um filme sobre esperança na mudança, o final é claro quanto a isso.
Eu cada vez menos acredito em ideologias, porque como já pude aqui dizer, numa expressão que vos vai levar a pensar, 'boa, descobriu a pólvora', as pessoas ou são boas ou são más. Não são comunistas, capitalistas, racistas, elitistas, ricos ou pobres, esquerda ou direita (bem, neste país já nem se pode ser de nada!!!)...ou têm valores humanos ou não.
Nem o dinheiro, nem a ausência dele, nos dá o direito de nos atirarmos uns aos outros como se fôssemos os detentores da verdade absoluta.
Bom, confesso, a frase 'pobres mas felizes' de outros tempos cá a mim não me convence assim lá muito!
Gostei da técnica deles!

ps. a banda sonora deve ser boa, valeu pelo último suspiro, ao som de Jeff Buckley:

"I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though
It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah "

19 Comments:

Blogger armando s. sousa said...

Não fazia a mínima ideia que este filme existia. Gosto de filmes que narram problemas sociais. Vou ver se arranjo tempo para o ver. E tens razão, que para o bem e principalmente para o mal, as ideologias estão mortas.
Um abraço.

10:12 da manhã  
Blogger Hugo Brito said...

Na nova ideologia, iconoclasta em relação aos antigos, e mais clássicos, ideais, passou-se do domínio do idealismo público para o do privado, aquele que possui a medida exacta do ideal de cada pessoa.

Um pronto-a-idear, mais fácil e com ideais adaptáveis à lei do menor esforço de cada um.

BJ

10:41 da manhã  
Blogger Zuka said...

Acho que vou ver este filme...
Entretanto lembrei-me, não queres colocar um texto no O.P.?;)

11:18 da manhã  
Blogger MIN said...

Não vi o filme nem vou ver, mas ainda ontem ouvi este albúm....

11:40 da manhã  
Blogger izzolda said...

Ainda não arranjei tempo para ver esse filme (e agora quero ver tantos, socorro!), mas com essa descrição vou ver se o vejo mais depressa....e a acabar com essa música, não pode nunca ser mau ;) **

12:22 da tarde  
Blogger noasfalto said...

Mas olha que os pobres eram mesmo felizes. As pessoas contentavam-se com pouco, ao contrário dos dias de hoje.
Falo por experiência própria.
Abraço

12:29 da tarde  
Blogger Sukie said...

:) Pois é, já tinha dado uma espreitadela no teu post. Fui investigar mas na minha terra (Braga) parece que o filme ainda não chegou ás salas de cinema ou já partiu sem deixar rasto. Conclusão: ou vou ver o filme a um cinema ao Porto ou espero que apareça nos cinemas ou nos clubes de video Bracarenses. De qualquer das formas pelo que li em relação ao filme, parece ter um tema interessante e fiquei curiosa de o descobrir. Obrigada pela sugestão :)

12:48 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Se inclui Jeff Buckley... já vale a pena! :)

Saudações

12:48 da tarde  
Blogger Unknown said...

tb nao fazia ideia do filme..

mas como acho a musica divinal...

apesar da versão original do L. Cohen ter uns arranjos a fugir p'o parolo!!!!

bjs1

12:50 da tarde  
Blogger Alexandre said...

Mas é isso pah, a frase "as pessoas ou são boas ou são más" é simples mas diz tudo! Uma pessoa boa com valores humanos bons é uma pessoa boa seja em que circunstancias sociais for!
Beijess

1:11 da tarde  
Blogger Hugo said...

eu estou como o Armando nunca tinha ouvido falar do filme.
Mas fiquei curioso...

1:22 da tarde  
Blogger Cristina said...

também não conheço, mas o tema parace interessante :)
bj

2:37 da tarde  
Blogger mdm said...

É dos que não vai chegar ao Algarve!!!
Gosto da banda sonora e gostei do teu descobrir da pólvora!!!
Beijinhos
(hoje vai haver email!!!)

2:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para polemizar: isso das pessoas "ou serem boas ou serem más" é um bocadinho redutor. Claro que há uns gajos mesmo maus, mas a maior parte de nós, na verdade, não somos nem santos nem irremediavelmente pecadores. Quanto à juventude "sem ideologia", tem uma parte positiva, não a tem porque não precisa de a ter, partilha dos valores prevalecentes na nossa sociedade... Mas causas para quem sente o apelo também não faltam, não é?
P.

3:02 da tarde  
Blogger PR said...

O jeff é o maior.

Mas a juventude de hoje tem sempre menos valores do que a nossa...

3:38 da tarde  
Blogger Freddy said...

Essa música é do Schrek...
Esse sim grande filme!!! E nunca me convidas para ir ao cinema...

Beijinhos sweets da Zona Franca

5:19 da tarde  
Blogger disparosacidentais said...

já o tinha visto e também não me convenceu. demasiado pela rama. (mas confesso que gostei do ressentimento que o filme involuntariamente (?) deixa passar em relação à geração de 68. (aqui seria a geração de 74).

5:23 da tarde  
Blogger Penumbra said...

O grande Jeff Buckley... garnde banda sonora!
O filme ainda não vi mas...
Beijo

1:50 da manhã  
Blogger Paulo Figueiredo said...

quero mesmo ver se vejo!!

criei expectativas altas para esse filme!!!

8:05 da tarde  

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